"Não se conhece bem
um homem que nunca
deixou a barba crescer."
Affonso Romano
Certamente não é a barba que faz o filósofo mas acredito que ela esconde parte de suas angústias filosóficas. Pode ser a angústia da alma, aguçada por todas as inquietações que esta já não suporta. Mas pode ser também a angústia de não ter tempo nem para meter a navalha nesse labirinto que desenha o eixo nariz, boca, queixo. Talvez seja mais intuição do que razão mas esse é meu pensamento.
Já conversei com alguns desses inquietos barbados. Um dia alguém me disse que sua barba era a exteriorização de suas aflições presentes, que quando toda a avalanche de conflitos passasse, certamente ele viria a (des)fazê-la. Então, perguntei a outro amigo por que ele usava barba. Ele respondeu: _"a pergunta mais natural a fazer seria: por que o povo tira a barba?" Engraçado isso. Lembro que todas as vezes que me sentia 'aperreada' por algum motivo vinha logo a vontade de cortar meu cabelo estilo chanel. E eu cortava mesmo. Sei lá. Era como um ritual de passagem, como se aquele cabelo solto ao vento levasse minhas angústias com ele.
Já conversei com alguns desses inquietos barbados. Um dia alguém me disse que sua barba era a exteriorização de suas aflições presentes, que quando toda a avalanche de conflitos passasse, certamente ele viria a (des)fazê-la. Então, perguntei a outro amigo por que ele usava barba. Ele respondeu: _"a pergunta mais natural a fazer seria: por que o povo tira a barba?" Engraçado isso. Lembro que todas as vezes que me sentia 'aperreada' por algum motivo vinha logo a vontade de cortar meu cabelo estilo chanel. E eu cortava mesmo. Sei lá. Era como um ritual de passagem, como se aquele cabelo solto ao vento levasse minhas angústias com ele.
Segundo a crença popular, existem as marias chuteiras, marias gasolina, marias fardas e, inclusive, as marias sapatão. Protesto! E as marias barba? __ Ah, são dessas mulheres que, antes mesmo de saber nome, endereço, lenço e documento, já vão logo se derretendo pelo barbudo desconhecido, digo, quase desconhecido, pois nós lemos cada centímetro de uma barba "por-não-fazer". É. Eu prefiro que elas não sejam feitas mesmo, mas podem ser aparadas, ajeitadas ou arrumadas, como queira, mas jamais abolidas. Há quem diga que o termo adequado para as mulheres inclinadas a uma barba seria "barbudetes", que, segundo a desleixada pesquisa que fiz no "oráculo contemporâneo google", diz respeito as mulheres que tem fortíssima tendência para os barbudos.
Vale ressaltar que há algumas verdades nessa história toda: por exemplo, cada homem tem o seu charme, mesmo que não tenha barba; existem as barbas sem propósitos, aquelas que estão ali por estar, só; tem algumas nada atraentes, muitas.
O fato é que o barbado já entra no jogo com vantagem, porque sua barba é instintivamente (para as marias barba) um imperativo para a entrega. Talvez haja alguma explicação científica, psicológica, biológica ou sociológica para esse fenômeno. Não importa a 'lógica' que explique isso. O fato é que uma barba 'a la Wolverine' é super bacana, é a barba-metade que toda mulher gostaria de ter.
Diga-se de passagem que os olhos ganham outra perspectiva no rosto de um barbudo. É como se eles estivessem ali em parceria implícita e abusiva com a camarada barba. Um conjunto perfeito para promover o mistério. O mistério é essencial.
Ah... que o santo protetor dos homens barbados nunca os abandone em suas horas de aflição, que sempre haja força suficiente para suportar a angústia sem ter necessidade de podar as alegrias que uma barba pode proporcionar, que todas as barbudetes resistam aos pré-conceitos que as amigas frescas apresentam para com seus barbudos e que os homens assumam suas barbas e suas inquietações também.
E aí vai: a barba é uma máscara como no teatro; é outro em nós, um modo de o personagem se experimentar em cena... Já dizia Walmor Chagas a Affonso Romano, em discussão sobre a metafísica da barba.
Ps.: Agradeço a troca de ideias entre Elane Ires, Angelane Faustino, Lays Helena e Roberto Buarque.
E aí vai: a barba é uma máscara como no teatro; é outro em nós, um modo de o personagem se experimentar em cena... Já dizia Walmor Chagas a Affonso Romano, em discussão sobre a metafísica da barba.
Por Viviane Matos
Ps.: Agradeço a troca de ideias entre Elane Ires, Angelane Faustino, Lays Helena e Roberto Buarque.
kkkkk sou "barbudete" assumidíssima!!!!!
ResponderExcluirrsrsrs Vamos fazer uma carteirinha! rsrsrs
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